sábado, 28 de agosto de 2010

Fanfic: Humanoid XVI

Capitulo XVI – O despertar



Bill encontrava-se fraco, mas felizmente o seu estado tinha melhoras significativas.
Sentiu um burburinho ao longe, vozes estranhamente familiares faziam-no querer ver se não se tratava de um sonho.
Abre os olhos lentamente e apercebe-se que ao seu lado, na cama mais próxima está aquele que mais ama na vida, o seu irmão.
A felicidade era tão imensa que parecia transbordar no seu peito.
Com voz calma, meiga e delicada chama pelo seu irmão, na esperança de este notar a sua presença.
- Tom.
Este abre os olhos e sorri.
- Bill – Diz Tom sorrindo – Estás bem? . diz com voz fraca ainda envolta em dor.
- Sim..felizmente, por momentos parecia que era um sonho, voltar a casa, estar contigo.
- O que importa é que voltaste e nada de mal te ira acontecer.
Bill observa agora o irmão e vê que o seu corpo têm varias ligaduras.
Tom tu?? – Diz com ar de preocupação.
- Eu estou bem, não te preocupes, sabes que tu és mais importante que tudo, por isso este pequeno esforço não foi nada.
A conversa de ambos foi interrompida quando Letícia entra no quarto.
- Estás bem amor -diz docemente.
- Sim.
- Bill já acordas-te! Como te sentes? - Diz aproximando se de Bill, virando as costas ao Tom.
- Hey, é assim estou eu aqui as portas da morte e tu vais mimar o meu irmão. – Diz Tom brincando com a preocupação da amada para com o seu gémeo.
Entre risos Kaija entra no quarto e todos se calam, apenas Bill prenuncia o seu nome após uns segundos.
Ela avança deslumbrante, com aqueles passos lentos semelhantes a de uma bailarina, quase deslizando pelo chão.
O seu olhar transparecia todo o amor que os seus lábios poderiam falar.

Letícia e Tom saem vagarosamente do quarto, deixando-os assim sozinhos.
- Estás aqui comigo.. – Diz Bill e suspira fortemente.
- Sim meu amor, fiquei com tanto medo de te perder, graças ao sangue do teu irmão estás vivo..
- Mas e Skyline, o teu pai, aquele povo.. – Diz Bill abrindo os olhos e percebendo que o fim do planeta estava próximo.
- Eles conseguiram escapar, mas o planeta não ira aguentar muito sem a maquina de energia e com as invasões de Redsea. – Diz Kaija levantando-se e andando de um lado para o outro.
- Bill Eu.. – diz e uma pausa silenciosa impõem-se em busca de coragem.
-Eu terei de partir Bill.
- Mas, nãooo!! Eu não aceito perder-te depois de tudo, nem que tenha de ir contigo mas eu não quero e nem vou ficar sem ti.
- Tu não entendes – Diz Kaija avançando e segurando o rosto de Bill.
- Eu amo-te, amo-te demasiado e não posso perder-te de novo o meu coração não iria aguentar, ficarás na Terra a salvo daquele mundo horrível a qual pertenço.
Bill olha-a nos olhos, no fundo sabia que ela tinha razão, mas não concordou com as palavras nem decisão ,em vez do silêncio um beijo de cumplicidade deu lugar as estas seguido de um abraço meigo.
Gustav passa pelo quarto e apercebe do carinho que aqueles dois nutrem um por o outro, era de facto magnifico.
Ele desce as escadas até a sala, onde se encontra Tom e Georg conversando, depois avança até a cozinha onde apercebe-se que um corpo está caído no chão.




Um corpo envolto num vestido roxo de fácil identificação, preocupava-o e correu em seu auxilio.
- Letícia, Letícia acorda.. – Diz Gustav perto dela
Ela não parecia reagir a nada e ele começa a chamar pelos amigos.
Tom e Gustav deslocam-se atribuladamente até a cozinha, temendo ver o pior pois a voz de Gustav indicava angústia e nada de bom poderia ser.
- Letícia, Letícia, acorda amor.. – mas ela não reagia já há uns minutos, algo estava errado e Tom quer leva-la para o hospital.
Kaija entra pelo cozinha a dentro e pede-lhe: Não o faças talvez eu tenha a cura.
Kaija vestiu o fato e analisou o corpo de Letícia, os médicos já tinham feito vários exames, mas nunca diziam nada em concreto.
Após largos minutos, a resposta chega com algo chocante e surpreendente.
- Tom preciso de ti e muito, o que te tenho para dizer não é fácil são três noticias bem importantes e uma delas ainda tenho que ver bem se é possível.. – Diz Kaija pegando nele e colocando no sofá mais próximo.
- Diz de uma vez, enquanto ela está adormecida, já sabes o que ela tem? - A voz de Tom estava nervosa como seria de esperar.
- Sim Tom, sei..ela tem um tumor no cérebro.. – Diz baixando a cabeça e vendo que Tom fica perplexo observando-a.
- Ho meu deus – diz num tom baixo levando as mãos a cabeça.
Kaija aproxima-se e pede-lhe calma.
- Tom não te quero dar falsas esperanças, mas segundo a minha descoberta, é possível que eu a salve, pois ela é portadora do sangue do povo de Skyline.
O quê?? isso não é possível, ela é humana.. – Diz ele fitando o olhar serio de Kaija
– Não sei como é possível, talvez a resposta esteja num passado demasiado familiar para mim do que o esperado, mas o importante é que acho que a consigo salvar, o único problema é que ela..

Tom ouve as palavras de Kaija, fica branco, pálido e não controlando o seu corpo cai desmaiado naquele chão gélido.
Após o choque, ele caminha para junto de Letícia que se encontrava adormecida em seu quarto.

Caminha para junto da cama e observa tranquilamente enquanto ela dormitava.
Ele senta-se na cama e carinhosamente passa a sua mão pelo rosto da sua amada afastando-lhe o cabelo do rosto.
Lentamente ela abre os olhos e sorri ao vê-lo.
- Mor, como te sentes?
- Estou melhor, senti-me tonta e não me lembro de muito mais.
- A Kaija esteve a analisar-te e..
- Ela descobriu o que eu tenho Tom – diz curiosa e nervosa ao mesmo tempo.
- Sim – Diz e respirou fundo buscando as palavras certas para aquele momento.
- Ela descobriu que a tua doença é mais grave do que eu pensava, mas ela pode salvar-te em princípio.
- Em principio, como assim, o que é que eu tenho Tom?
- Ela disse que o processo seria mais fácil, se duas vidas não estivessem em jogo.. Quando é que planeavas contar-me Letícia?
Letícia desvia o olhar, não chorou mas a vontade era imensa. Ela queria que ele soubesse mas não assim.
- Tom..desculpa não te ter dito, eu queria dizer-te mas eu tinha tanto medo. Medo de te desiludir, de te perder, do meu corpo não me permitir dar-te esta alegria, pois não sei o que a minha doença me reserva e sei que corro risco ao levar esta gravidez até ao fim.
Tom abraça-a com força.
- Eu estou aqui e iremos enfrentar isto juntos.
O nosso filho irá nascer, a Kaija irá te curar e tudo se vai resolver..
Ela corresponde o abraço, colocando o seu rosto junto do dele, enquanto lhe puxava as mangas do casaco, mantendo assim ainda mais perto de si.

Sem comentários:

Enviar um comentário