Hoje, ao ir comprar alguns alimentos, reparo num homem,
tentado abrir uma embalagem, com dificuldade, era muito magro, o seu corpo
estava débil e apenas se sentava em cima de um tecido, num chão molhado e gélido.
Os sapatos do homem estavam muito rasgados, imaginamos o
frio que têm tido ao longo destes dias.
Olhei para a carteira e vi, como habitualmente, tinha pouco dinheiro,
não tinha para dar e avancei.
No momento seguinte, ainda antes de entrar no mini mercado, aprecei
o passo e pensei em comprar pelo menos algum alimento aquele pobre homem.
Era pouco certamente, mas servia para lhe matar a fome, pelo
menos naquele momento.
Paguei, e em paços largos, passei na mesma rua, que o tinha
visto.
Avancei na sua direção., dei-lhe os bons dias e entreguei o
alimento.
Ele recusou, alegando ser para mim, que não queria.
Insisti muitas vezes, para que aceita-se, que era pouco, mas
que precisava.
Sorri mesmo, ao dizer que era mais teimosa, e não lhe
entregando em mãos, já que ele tinha recusado, deixei perto de si, num lugar
limpo e avisei sorrindo, desejando-lhe de novo os bons dias.
Aquele homem, podia não ter nada, podia não querer aceitar, mas
teve educação e orgulho.
Não levei a mal, não ter aceitado, acredito, pelos seus
olhos, que devia ter as suas razões, espero onde quer que esteja, ele, e
pessoas como ele, que tenham uma vida melhor.
por angelteva - 30.03.2013
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